Empresas do setor afirmam que prestação de trabalhos
adicionais não cria dependência financeira com cliente, o que garante
imparcialidade.
Passados quase dez anos desde o escândalo de fraudes contábeis envolvendo a
Enron e a Arthur Andersen, as firmas de auditoria já se sentem mais
confortáveis em dar foco para os trabalhos de consultoria, que hoje já
representam cerca de metade do faturamento entre as grandes do setor.
Isso vale não só para a Deloitte, única entre as
quatro grandes que não vendeu a área de consultoria naquela época, como para
PricewaterhouseCoopers, Ernst & Young e KPMG, que reconstruíram essas
divisões nos últimos anos.
O argumento para essa mudança de rumo vai além da
distância temporal do escândalo. Elas dizem que as políticas de controle sobre
independência do trabalho evoluíram bastante desde então, seja pela
regulamentação do setor, ou por políticas próprias para que se evite conflito
de interesses.
Leia a reportagem do Valor Econômico On-line postado
pelo FENACON na íntegra AQUI.
REFERÊNCIA:
TORRES, F. Serviços extras não afetam independência,
dizem firmas. Valor Econômico. São Paulo. 2010.
Publicado por: FENACON - Federação
Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento,
Perícias, Informações e Pesquisas. Disponível em: < http://4mail.com.br/Artigo/ViewFenacon/002816012301507>.
Acesso em 28 mar. 2011.
Autora da Postagem: Camila F. Schmeider
Achei muito interessante o artigo da revista Valor Econômico. É bom saber que as empresas de auditoria tem se preocupado com o que as leva perder a independência ou não, já que faz mais de 10 anos que ocorreram os escândalos que prejudicaram algumas delas. Existem muitos fatores que podem leva-las á perda de independência, e um deles é a dependência financeira em relação a empresa auditada... Apesar do cuidado que elas dizem ter, acho que a dependência financeira ainda existe. Será que hoje elas realmente se sentem mais confortáveis em prestar serviços de consultoria? Eu acredito que não, acredito que falta muito ainda para que os escândalos sejam esquecidos e que as empresas enfim retomem seus serviços normalmente.
ResponderExcluirO fato de terem acontecido os escândalos envolvendo a Arthur Andersen e a Enron teve seu lado bom. Como traz a reportagem, as maiores empresas de auditoria falam de seus controles para que tenha a independência, desde independência financeira, até a aquela relacionada a seus serviços de consultoria que prestam. O que elas mostram tem seriedade, graças a legislação que surgiu desde então.
ResponderExcluirÉ muito importante, além de sabermos quais fatores que afetam a independência da auditoria, conhecer a posição das próprias empresas de auditoria referente à esse caso. E como podemos ver, nem todos concordam que no caso da mesma empresa, além de realizar a auditoria, também prestar outros serviços (como assessoria, por exemplo) configura a perda de independência, não afetando direta ou indiretamente a eficiência do trabalho do auditor.
ResponderExcluirImportante destacar que as empresas alegam que graças à regulamentação do setor já se sentem mais confortáveis em prestar serviços de consultoria. Isso demonstra que é fundamental existir uma regulamentação rígida e séria para orientar os trabalhos de auditoria.
ResponderExcluirSerá mesmo que serviços adicionais não afetam a independência? Tenho minhas duvidas, pois o caso do banco do Brasil em minha opinião particular deve haver interesse de resultados passados nas demonstrações que podem ser descobertas se alguma outra empresa de auditoria assuma o trabalho.
ResponderExcluir“Banco do Brasil conseguiu reduzir em 99,5% o preço da auditoria externa das demonstrações financeiras para 2011, mas provocou uma grita geral entre os profissionais do setor de contabilidade”
Num pregão eletrônico realizado pela KPMG, atual auditoria do banco, saiu vencedora com um lance de R$ 95 mil. Sua proposta inicial foi de R$ 19,6 milhões.
Tenho minhas duvidas.
As empresas afirmam que a prestação de trabalhos adicionais, como consultoria não criam dependência financeira com os clientes. A minha opinião, é que todo trabalho realizado dentro da organização, não sendo a auditoria independente, pode gerar dependência da entidade auditora para com a entidade auditada, talvez não num nível muito elevado. A dependência pode ser gerada pela familiaridade com os documentos, com as situações da entidade, que de uma forma direta ou indireta poderá contribuir para a não observação de fatos errôneos dentro da organização auditada.
ResponderExcluirÉ preciso atentar para 'serviços extras'!. Querendo ou nao, temos contratos entre empresas. Esses contratos preveem atuação pontual. Porém, empresas e organizações são controladas/geridas por pessoas, e pessoas têm relacionamentos. O objetivo desse entrelaçamento é entender que mesmo que um contrato de serviço extra não implique em dependência entre as partes, não se tem uma visão do acordo implícito no 'aperto de mãos' dessas PESSOAS que assinam.
ResponderExcluirA afirmação de Jorge Menegassi, de que nenhum cliente representa mais de 2% dos honorários totais é importante, pois afinal percebemos que não há dependência financeira da empresa de auditoria em relação aos seus clientes. O que deve-se atentar é se a auditoria não está auditando informações que ela mesma fez durante trabalhos de consultoria, o que tornaria a auditoria inválida.
ResponderExcluir"Todos os profissionais têm que atestar essa independência anualmente e os sócios a cada trimestre. E essa informação também é auditada, com acesso de extratos e declarações de renda", afirma Idésio Coelho, sócio de auditoria da E&Y.
ResponderExcluirAtitudes como DA E&Y auxiliam para garantir a independencia das empresas de auditoria
É difícil afirmar independência do auditor. O que garante que não há qualquer vínculo do auditor com a empresa? Lemos em notícias os casos de auditorias que fazem qualquer coisa para não perder o cliente.
ResponderExcluirO Flavio comentou acima o caso do Banco do Brasil, ele está certo. Algo deve estar errado, pois o preço praticado está muito abaixo do valor de mercado.
A função das empresas de auditoria é investigar e reunir provas de que a entidade contratante possui os documentos, os registros e as demonstrações de acordo as normas contábeis. O fato de a entidade contratante estar pagando por este serviço, não caracterizar dependência. O auditor presta serviço a essa empresa, mas este não é seu funcionário. É importante que isto fique bem definido e claro no momento da assinatura de um contrato.
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