terça-feira, 12 de abril de 2011

CONTROLES INTERNOS

Segundo Crepaldi (2010) controles internos são as medidas que uma empresa adota para proteger seus ativos, podendo estes ser classificados em controles contábeis, que são aqueles utilizados efetivamente para salvaguarda do patrimônio da entidade, ou em controles administrativos que são aqueles relacionados à eficiência das operações realizadas.
Com o intuito de discutir e informar os usuários sobre a adoção de controles internos eficientes e eficazes, foi criado o The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway (COSO).
Conforme Pereira et al (2008) o COSO é tido como referência para ajudar as mais diversas organizações a avaliar e aperfeiçoar seus sistemas de controle interno, sendo que essa estrutura é formada por políticas, normas e regulamentos adotados por milhares de organizações para controlar melhor suas atividades, visando o cumprimento dos objetivos por elas estabelecidos.
O COSO, em seu site oficial, coloca que os controles internos classificam-se estruturalmente em cinco componentes básicos:
Ambiente de Controle – É considerado como a base para todos os outros componentes, exercendo influência sobre a integridade, competência e ética das pessoas que participam da entidade;
Avaliação de Risco – Consiste na análise dos riscos que sejam relevantes para a consecução dos objetivos da entidade, mostrando de que forma os riscos devem ser gerenciados;
Atividades de Controle – Ajudam na garantia de que as ações necessárias estão sendo executadas de modo a prevenir os riscos e conseguir chegar aos objetivos pré-estabelecidos, sendo que estas devem ser realizadas em todos os níveis;
Informação e Comunicação – Se refere à coleta de informações que sejam relevantes e que devem ser capturadas e comunicadas a todos aqueles que integram a organização, de forma que cada um tenha noção clara do papel que possui;
Monitoramento – Para que um sistema de controle interno funcione corretamente, este deve ser monitorado e dessa forma seja possível fazer uma avaliação da qualidade e do desempenho do sistema com o passar do tempo.
Em suma, os controles internos devem ser exercidos em todos os níveis da entidade, visando à preservação do patrimônio, o controle da execução das ações e a observância a regulamentação pertinente (CREPALDI, 2010).
Carmona; Pereira; Santos (2008) colocam que com a ocorrência de diversos escândalos contábeis, como o da companhia americana de energia elétrica Enron, surgiu à figura da chamada Lei Sarbanes-Oxley no ano de 2002, que trouxe como objetivo principal inserir novas regras de governança corporativa para as entidades.
Tratando de forma rígida os controles internos adotados pela empresas, a lei SOX passou a obrigar ainda que as companhias descrevam de forma clara e precisa, cada um de seus processos contábeis e administrativos, com o intuito de evitar novas fraudes (CREPALDI, 2010).
A preocupação dos gestores em possuir um sistema de controle interno adequado em sua organização é vital, pois quando a empresa conta com um sistema bem estruturado, de forma que todos os setores saibam exatamente o que deve ser feito, que cada um saiba o seu papel e a sua importância para o processo, fica muito mais fácil para quem administra gerir os riscos, evitando assim futuras fraudes.

REFERÊNCIAS:

CARMONA, Eduardo. PEREIRA, Anísio Candido. SANTOS, Mario Roberto dos. A lei sarbanes-oxley e a percepção dos gestores sobre as competências do auditor interno. Revista Gestão e Regionalidade. São Paulo. v. 26. no. 76 p. 63-74. jan/abr 2010.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PEREIRA, Eduardo Martins et al. COSO: The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway. Disponível em: <http://www.mariolb.com.br/mlb/upload/COSO-v4.4.pdf> Acesso em: 08 abr. 2011.

COSO: Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Comission. Disponível em: <http://www.coso.org/> Acesso em: 08 abr. 2011

Equipe: Lilian Frainer e Marcia M. Lunelli

14 comentários:

  1. É muito importante manter um eficiente sistema de controle interno. Dessa forma é possivel manter a organização na empresa, com cada pessoa sabendo sua função e suas responsabilidades.
    Os controles internos são de suma importância para proteção do patrimônio da entidade.
    Interessante também, é deixar os controles internos registrados em manuais de procedimentos com todos os controles contábeis e administrativos descritos.

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  2. O controle interno é uma ferramenta utilizada nas organizações de grande valia. o Controle Interno poderá assegurar a fidelidade e integridade dos registros e demonstrações contábeis, oferecendo consequentemente ao gestor uma melhor tomada de decisão.

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  3. Com certeza é de extrema importância para empresa o controle interno, também serve como uma ferramenta fundamental ao tomador de decisão para planejar decisões futuras relacionadas à lucratividade da empresa.
    Pois com o controle o gestor saberá se um produto/serviço está dando lucros à empresa, ou ainda, se a afirmação for negativa poderá eliminar, substituir ou propuser melhorias.

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  4. Conforme o Portal de Auditoria: CONTROLE INTERNO é o planejamento organizacional e todos os métodos e procedimentos adotados dentro de uma empresa, a fim de salvaguardar seus ativos, verificar a adequação e o suporte dos dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a aderência às políticas definidas pela direção, com o objetivo de evitar FRAUDES, ERROS, INEFICIÊNCIAS e CRISES nas empresas.

    Como podemos identificar, toda definição de controle interno foca no objetivo de evitar fraudes e erros, isso demonstra a preocupação que o administrador tem com o seu patrimônio. Quanto mais eficaz o controle, menos risco se tem.

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  5. Layla Beatriz Boos Martins17 de abril de 2011 às 11:48

    Apesar do conhecimento dos gestores de que é necessário existir controles internos eficientes, existe muitas empresas que não mantém estes controles tão eficientes assim, dando margem a desfalques e fraudes. Acredito que falta um apoio para estes empresários (principalmente os micro empresários), num sentido de oferecer cursos de capacitação para que estes tenham maior conhecimento dos controles internos e como que estes podem contribuir para as empresas, além das contabilidades que deveriam dar maior suporte e não só gerar guias de impostos a pagar como infelizmente ocorre muito hoje em dia.

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  6. Infelizmente controles internos eficientes e bem estruturados não é uma realidade em todas as organizações. Isso não é bom, pois eles protegem as empresas de Fraudes, Erros, Desfalques, Ineficiência em processos. Neste cenário se cria um clima de desconfiança com relação às demonstrações contábeis, se elas são confiáveis. Os próprios gestores das empresas ficam sem informações preciosas para a tomada de decisão, tomando muitas vezes decisões equivocadas, que acabam prejudicando os rumos da entidade.

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  7. Os controles internos são de grande importância para as organização, pois através deles o número de erros e fraudes que ocorrem em processos rotineiros pode ser reduzido consideravelmente. Claro que por si só os controles internos não evitam tais erros e fraudes, daí a necessidade de testar estes controles por meio de auditorias internas ou externas. A avaliação da auditoria revelará como estão os controles e seu grau de confiabilidade. Vale ressaltar que no caso das auditorias externas os controles internos desempenham papel chave na formulação do programa de auditoria, pois quanto mais confiáveis e seguros forem os controles, menor poderá ser a profundidade e a extensão do trabalho, sendo o oposto também verdadeiro.

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  8. O controle interno proporciona a execução correta das atividades praticadas na organização.Sua utilização torna-se indispensável para a segurança da empresa, já que ele gera informações confiáveis, auxiliando o administrador na tomada de decisões. Os processos executados de forma correta tornam-se ágeis e de fácil entendimento para todos os usuários.

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  9. Sempre é bom lembrar que sistemas de controles internos são vitais, porém deve-se atentar para a relação custo x beneício que a implantação deste sistema (em determinados ítens de controle) acarretam.

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  10. A norma de auditoria referente ao trabalho no campo normalmente aceita estabelecem que o auditor deva avaliar o sistema de controle interno da empresa auditada com o intuito de determinar a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria.

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  11. O controle internoé uma ferramenta fundamental para assegurar a fidedignidade e a integridade dos registros e das demonstrações contábeis. Sua utilização torna-se indispensável para a
    segurança da empresa e também para resguardar o administrador na sua tomada de decisões. Os processos se tornam ágeis e de fácil entendimento para todos os usuários, tanto internos quanto externos que fazem uso dessas
    informações.

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  12. O sistema de contabilidade deve estar apoiado em um sistema de controle interno, para que as informações contidas em seus relatórios sejam fidedignas. Mas, infelizmente existem empresas onde o controle interno é desconhecido, pois não acham este controle necessário por terem pessoas de sua confiança, portanto não se dão conta que a confiança exagerada pode levar a fraudes.

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  13. O controle interno é importante pois quanto melhor o controle, mais segurança para o trabalho e quanto menor, mais cuidado deverá ser prestado nas execuções das tarefas.
    Serve de plano de organização, com métodos e medidas adotadas na empresa, sendo que sua avaliação deve ser executada com confiabilidade e qualidade, facilitando assim, em alcançar os objetivos planejados.

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  14. Marcia Mensor Lunelli23 de junho de 2011 às 15:59

    O Controle interno é tão importante para a Contabilidade como para a Empresa. É importante a empresa ser organizada da forma que todos os colaboradores falem a mesma língua.
    O sucesso da empresa depende da organização em sua estrutura, facilitando o controle de seu patrimônio e sua sobrevivência.

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